Compulsão Alimentar: O Que é, Sintomas e Tratamentos

1. O Que é a Compulsão Alimentar?

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado pelo consumo excessivo de alimentos de forma recorrente e descontrolada. Diferente de um simples exagero ocasional, a compulsão alimentar acontece com frequência e traz sentimentos de culpa, sofrimento emocional e impacto na qualidade de vida do paciente.

Muitas vezes, esse transtorno está associado a fatores emocionais, como ansiedade, estresse e depressão. Durante os episódios de compulsão, a pessoa pode ingerir grandes quantidades de alimentos altamente palatáveis, como chocolates, pizzas e salgadinhos, sem perceber o quanto está comendo.

É importante diferenciar a compulsão alimentar de momentos esporádicos de exagero. Se o descontrole alimentar causa sofrimento e impacta a qualidade de vida, pode ser um sinal de transtorno alimentar.

2. Sintomas da Compulsão Alimentar

É importante diferenciar a compulsão alimentar de momentos esporádicos de exagero. Se o descontrole alimentar causa sofrimento e impacta a qualidade de vida, pode ser um sinal de transtorno alimentar.

Os principais sinais de compulsão alimentar incluem:

• Episódios recorrentes de ingestão excessiva de alimentos, pelo menos uma vez por semana durante três meses
• Falta de controle ao comer, com dificuldade de parar mesmo quando já está satisfeito.
• Comer rapidamente e até sentir desconforto físico, como náuseas ou dores estomacais.
• Consumo de alimentos mesmo sem fome, apenas para aliviar emoções negativas.
• Sentimentos de culpa, vergonha e arrependimento após os episódios.
• Tendência a comer escondido, para evitar julgamentos.

3. Causas da Compulsão Alimentar

A compulsão alimentar pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo:

• Aspectos emocionais:
  Ansiedade, estresse e depressão podem levar ao descontrole alimentar como uma forma de compensação.
• Fatores biológicos:
  Alterações nos neurotransmissores do cérebro, como serotonina e dopamina, podem afetar a regulação do apetite e da saciedade.
• Dieta muito restritiva:
  Regimes altamente restritivos aumentam a vontade por determinados alimentos, favorecendo episódios de compulsão.
• Ambiente alimentar:
  Acesso fácil a alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar e gordura pode estimular episódios compulsivos.

4. Consequências da Compulsão Alimentar

Se não tratada, a compulsão alimentar pode levar a sérias complicações para a saúde, incluindo:

• Obesidade e ganho de peso
• Aumento do risco de diabetes tipo 2
• Colesterol e triglicerídeos elevados
• Gordura no fígado (esteatose hepática)
• Impactos na saúde mental, como depressão e baixa autoestima

5. Opções de Tratamento

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

• Ajuda a identificar gatilhos emocionais e modificar padrões de comportamento alimentar
• Considerada uma das abordagens mais eficazes no tratamento da compulsão alimentar.

Acompanhamento Nutricional

• Um nutricionista pode ajudar a criar uma dieta equilibrada, sem restrições extremas, para evitar episódios de compulsão.
• O foco é na reeducação alimentar e no controle da fome emocional.

Uso de Medicamentos

• Em casos moderados a graves, medicamentos podem ser prescritos para ajudar no controle da compulsão.
• Entre os tratamentos disponíveis, os agonistas de GLP-1, usados para obesidade, podem auxiliar no aumento da saciedade.
• Antidepressivos como Fluoxetina e a Lisdexanfetamina (aprovada no Brasil para compulsão alimentar) também podem ser indicados, sempre com orientação médica.

6. Quando Procurar Ajuda?

Se você percebe que o descontrole alimentar está afetando sua qualidade de vida, causando sofrimento e impactando sua saúde, é essencial buscar ajuda profissional. Um endocrinologista , psiquiatra ou psicólogo pode auxiliar no diagnóstico e tratamento adequado.

A compulsão alimentar pode ser controlada com acompanhamento médico, mudanças no comportamento alimentar e suporte psicológico. Com o tratamento correto, é possível reduzir os episódios de compulsão e melhorar a qualidade de vida.

Se você precisa de ajuda, não hesite em procurar um especialista!

Este artigo tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Agende uma consulta para uma avaliação individualizada.