Remédios para Obesidade que Agem no Cérebro
“Doutora, eu tenho muito medo de usar um remédio que age no sistema nervoso central para o tratamento da obesidade, porque tenho receio de efeitos colaterais...”
Essa é uma dúvida muito comum entre pacientes que estão iniciando ou já estão em tratamento contra a obesidade. O medo é compreensível, mas é importante entender como esses medicamentos funcionam e por que, em muitos casos, eles são essenciais — e seguros — para o tratamento.
Se a causa da obesidade também está no cérebro, é natural que o tratamento inclua medicamentos que atuem nessa região.
Por Que Alguns Medicamentos Precisam Atuar no Cérebro?
Como o cérebro exerce influência direta sobre a fome e a saciedade, muitos medicamentos para obesidade precisam agir nessas áreas para terem efeito. Eles atuam em receptores específicos nos neurônios, enviando sinais que ajudam no controle do apetite, da compulsão e do prazer excessivo ao comer.
Isso não significa, no entanto, que qualquer medicamento que atue no cérebro causará efeitos colaterais mentais ou psiquiátricos. Na verdade, muitos desses remédios foram desenvolvidos para atuar de forma altamente específica, o que reduz esse risco.
Exemplos de Medicamentos que Agem no Cérebro
Medicamentos como semaglutida, liraglutida e tirzepatida atuam diretamente no centro da fome e da saciedade, além de afetarem positivamente o sistema límbico — a área responsável pelas emoções.
Por serem mais específicos e focarem em receptores relacionados ao controle alimentar, tendem a causar menos efeitos colaterais psiquiátricos, ao contrário de medicamentos que atuam em neurotransmissores mais amplos e menos direcionados.
E os Medicamentos Psiquiátricos?
Em alguns casos, medicamentos psiquiátricos também são indicados para o tratamento da compulsão alimentar, condição presente em cerca de 30% das pessoas com obesidade.
Esses remédios podem ajudar desde que a prescrição seja feita com critério, avaliando o histórico do paciente, outras condições psiquiátricas existentes e possíveis efeitos colaterais. Quando bem indicados, eles podem ser grandes aliados no controle da obesidade.
O Papel do Endocrinologista no Tratamento
Em alguns casos, medicamentos psiquiátricos também são indicados para o tratamento da compulsão alimentar, condição presente em cerca de 30% das pessoas com obesidade.
Além disso, o endocrinologista que passou por residência médica nessa especialidade também teve formação prévia em clínica médica, o que amplia ainda mais sua visão e capacidade de manejar condições associadas e possíveis efeitos adversos.
Conclusão
A atuação de medicamentos no sistema nervoso central não é um problema — desde que bem indicada e acompanhada por um especialista. Quando a causa da obesidade envolve o cérebro, é natural que o tratamento inclua medicamentos que atuem nesta região.
Converse com seu endocrinologista. Ele saberá avaliar sua situação individualmente e indicar o melhor caminho para um tratamento seguro, eficaz e sustentável.
Gostou deste artigo? Compartilhe com quem precisa entender mais sobre os tratamentos modernos para obesidade.
Este artigo tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Agende uma consulta para uma avaliação individualizada.
Últimos Artigos
Como começar a ser mais saudável? Dicas para emagrecer com saúde
Como começar a ser mais saudável? Como iniciar um processo de emagrecimento, de mudança de estilo de vida? É como ler um livro grande. Podemos começar com a primeira página. Você já teve essa dificuldade?
Veja MaisMounjaro (Tirzepatida): Tudo que você precisa saber
Descubra como o Mounjaro (Tirzepatida) revoluciona o tratamento do diabetes tipo 2 e obesidade com sua ação dual inovadora. Entenda os benefícios, resultados reais de perda de peso e cuidados essenciais para um tratamento seguro e eficaz.
Veja MaisHormônios Bioidênticos: Mito ou Realidade na Terapia Hormonal?
Nos últimos anos, observamos uma significativa popularização do termo "hormônios bioidênticos" como uma solução mais segura e natural para a terapia de reposição hormonal. Mas o que realmente significa esse conceito e qual seu embasamento científico?
Veja Mais